STATUS: RELACIONAMENTO ABERTO...?

Naquelas passagens básicas por vários profilles do Orkut, percebi que muitas pessoas estão aderindo à nova coqueluche comportamental, o "relacionamento aberto". Nele o casal poder sair (trepar mesmo) separadamente com quem quiser, ou fazer amor com um terceiro, ou fazer swing e outras destas atitudes condenadas pela sociedade. Este "novo conceito" foge ao costume cristão de que os homens nascem, crescem, arranjem um único parceiro, sejam fiéis, procriem e morram... E a felicidade é um mero acidente de percurso que aparece, por sorte, para aqueles que se adeqüem aos padrões morais vigentes na sociedade. É sempre bom questionar até quanto são validos os modelos impostos pela sociedade. Será que vale a pena viver uma infeliz relação monogâmica por anos? Será que não vale mais a pena amar com sinceridade e ter a coragem de sentar e conversar com o seu parceiro sobre os desejos por outras pessoas?

Eu conheço um casal que não é nem um pouco comum, o Bobby e o Tomy. Eles estão juntos a mais ou menos dois anos e sempre transam com outras pessoas - legal assim, sem crise... Tudo na boa. O Bobby me disse que ama o Tomy, mas que não consegue ficar somente com ele e, por isso, os dois entraram em um acordo de que podem ter relações sexuais com outroshomens. "Ah, não ligo se ele sai por ai com outros caras, sei que ele volta pra casa e vem dormir agarradinho comigo", disse Bobby. Foi a consagração da liberdade! Contanto, este tipo de "modernidades" não servem para todo mundo. Algumas pessoas só são felizes no amor quando se casam e vivem uma vida monogâmica.

Outras relações só dão certo quando não são tão comuns. Cada casal deve escolher o que vai lhe trazer felicidade, só não se pode viver pela moral. Não que a moral seja dispensável, ao contrário, ela constrói o ser humano, mas deve ser um parâmetro e não uma obrigação. Você, caro leitor, pode argumentar que, quando se está em um relacionamento aberto existe uma grande chance de que um dos parceiros se apaixone por uma outra pessoa. Mas quantas não são as relações "fechadas" em que uma das pessoas se apaixona por qualquer outra, mesmo sem o ato sexual "em questão"? Particularmente e sem embasamento teórico, a não ser a minha própria experiência de vida, que apesar dos meus 20 e poucos anos é bem vasta (olha o rodado), penso que o amor está muito além dos meros desejos carnais. Já o sexo pode ser a materialização do amor e, também, uma forma simples, pratica e "barata" de prazer.

Graças a um nova consciência coletiva, as pessoas estão passando a respeitar um pouco mais os seus desejos e por isso começam a assumir uma postura mais realista e menos ostensiva. Mesmo que elas não saiam por ai vestindo uma camiseta com dizeres, "Sou casado, mas fodo fora de casa", dentro das próprias relações elas já começam a entender que mais vale entrar em um consenso do que viver uma vida de mentiras e infelicidades.